"Se nos demitirmos da intervenção activa, não passaremos de desportistas de bancada, ou melhor, de políticos de café." (Francisco Sá Carneiro)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

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Vamos ao Pingo Doce!

Para quem não sabe do que falo, passo desde já a explicar: a cadeia de supermercados Pingo Doce, pertencente à Jerónimo Martins, decidiu fazer uma promoção de 50% direto em todas as compras de valor superior a 100€, ou seja, ao comprar algo de 150€, só pagaria 75€.
Esta campanha arrastou milhares de pessoas a este supermercado, causando ruturas de stock, cenas de pancadaria, incidentes e, em algumas lojas, foi necessária a intervenção da polícia de choque.
O que está em causa é a tremenda importância que se está a dar a este assunto: tanto o PCP como o BE exigiram, ontem de manhã, no Parlamento, que dois ministros se reunissem para explicar esta estratégia de marketing, enquanto Portugal conseguiu ir com sucesso ao mercado da dívida, onde colocou mais de 1.500 milhões de euros, mas, no entanto, o que interessa verdadeiramente aos sindicatos portugueses? A hipocrisia da família Soares dos Santos em promover uma campanha destas no Dia do Trabalhador, quando esta mesma família criou cerca de 1.000 postos de trabalho o ano passado.
Enquanto nadamos num mar de austeridade e contenção económica, algumas elites políticas preocupam-se com supermercados, com o dumping e em oferecer publicidade "grátis" ao Pingo Doce.
Podemos afirmar que é devido a esta crise que houve tamanha adesão a esta promoção, mas no entanto, quando olhamos para outros países (como os Estados Unidos da América) verificamos que também eles têm um dia assim, o chamado Black Friday.
É triste que alguns partidos e sindicatos atribuam mais importância a promoções que favorecem os consumidores, do que realmente com os consumidores, que são favorecidos com promoções como esta.

segunda-feira, 5 de março de 2012

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Concordas com despenalização aborto até às 10 semanas?

Argumentos a favor da despenalização do aborto:
  • Defendem que desde o momento em que um óvulo é fecundado passa a haver vida. O aborto é assim contranatura. Contudo, abrem-se excepções para a violação, mal formação ou perigo de vida da mãe. Neste último caso, a contradição surge maior por se tratar da escolha entre duas vidas.
  • A Igreja Católica, como outros credos, é parte interessada no problema. Defende o direito à vida, o valor da família e a prática do bem. Contudo, para os católicos a salvação obtém-se com o baptismo e não com a génese do ser. 
  • Discute-se a criação de condições para a diminuição das situações que levam as mulheres a abortar, mas a Igreja Católica não aceita os métodos "artificiais" de contracepção. 
  • Os defensores do NÃO preferem que uma mulher possa fazer um aborto sem ser criminalizada, mas sem a subvenção do Estado. Caberá ao médico, pago pela mulher, a opção final da intervenção. Liberaliza-se a decisão do médico e, assim, despenaliza-se a paciente.



Argumentos contra a despenalização do aborto:
  • Não há entendimento quanto à determinação do início de vida. Se para o NÃO a vida biológica e a criação da consciência (o "eu") começam no mesmo momento (na fecundação do óvulo), já o SIM deixa espaço para dúvidas.
  • São precisos dois para fazer um filho, mas a decisão final caberá sempre à mãe. Uma mulher pode optar por ter um filho independentemente da vontade do progenitor, mas um homem não a pode impedir de abortar mesmo que ele tenha condições objectivas para criar a prole. 
  • Uma mulher será despenalizada se o aborto for realizado até às 10 semanas. Um dia a mais e a mulher terá de responder perante a justiça.
  • Hoje em dia só engravida quem é irresponsável. Promovendo o Planeamento Familiar não é preciso despenalizar o aborto.
  • Fazer um aborto é um atentado contra a vida humana e ainda nenhuma mulher foi parar à prisão por ter recorrido ao aborto.
  • O aborto legal deixa as mulheres à mercê de todo o tipo de pressões e  vai congestionar os serviços de saúde devido ao aumento do número de abortos.


Francisco Thó Monteiro: Contra a despenalização do aborto.

sábado, 3 de março de 2012

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BIC recebe mil milhões para comprar BPN por 40 milhões

No dia 29 de Fevereiro do 2012, fui assistir ao plenário na Assembleia da República pessoalmente. E, ao ouvir debater sobre o tema do BPN fiquei completamente pasmado a ouvir o que estava a ouvir. Não vou fazer mais comentários, deixo aqui um excerto da citação do deputado do Bloco de Esquerda que trouxe o assunto para o debate. Apesar do excerto ter grande dimensão vale a pena ler com atenção, e que cada um retire as suas conclusões.

"Julgavam PSD e CDS que, por uns tempos, estavam livres do BPN, podiam esquecer o BPN. Puro engano.

Menos de uma semana depois do debate que aqui travámos, o Bloco de Esquerda traz novamente ao Parlamento o processo do BPN, confrontando mais uma vez –e as vezes que forem necessárias – a direita e o seu governo com as pesadas responsabilidades que têm neste monumental buraco financeiro que é o BPN.

Fazemo-lo pela verdade e transparência que são devidas aos portugueses que pagam cêntimo a cêntimo, sugados pela austeridade que lhes é imposta pelo governo da troika, os muitos milhões atirados para o buraco sem fundo em que se transformou o BPN. São os sacrifícios dos portugueses, os subsídios retirados, os impostos aumentados, os apoios sociais cortados, que estão a pagar o BPN e a sua generosa entrega ao BIC.
Se bom caminho é para o governo um futuro com mais 100 mil desempregados e uma recessão a crescer até aos 3,3%, então é natural que PSD e CDS achem que o BPN vai no bom caminho.
O governo é muito exigente na austeridade mas relapso na prestação de contas.
Um dia depois, 24 h depois, da direita ter recusado a comissão de inquérito foi conhecido e confirmado pelo governo, que a venda do BPN ao BIC implica mais um financiamento de 300 milhões de euros. O BPN transformou-se num sorvedouro insaciável e a sua venda é cada vez mais um problema, um custo acrescido para o Estado.
E estes novos 300 milhões euros podem ainda ser muito mais. Basta para isso que os depósitos atualmente no BPN sejam levantados. Pois, o governo assumiu o compromisso de cobrir os depósitos levantados.
Disse o primeiro-ministro que não se trata de um empréstimo, mas apenas de uma linha de crédito. É exatamente a mesma diferença entre ser condenado por roubar ou furtar.
O que na semana passada somava 5,4 mil milhões de euros, soma agora 5,7 mil milhões e ninguém pode dizer hoje se a fatura vai para por aqui.
A semana passada o Estado dava ao BIC 767 milhões de euros para o BIC comprar o BPN por 40 milhões, agora o Estado vai receber os mesmos 40 milhões mas paga mil milhões de euros ao BIC.
Em resumo, o BIC recebe mil milhões para comprar um banco por 40 milhões.
É caso para dizer que esta venda do BPN ao BIC traz mesmo água no bico."

sexta-feira, 2 de março de 2012

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Permissão de morte de bebés onde aborto é legal

Artigo admite permissão de morte de bebés em países onde aborto é legal.
Deveria ser moralmente aceite matar um recém-nascido nos casos em que a legislação prevê o aborto. A opinião polémica foi divulgada num artigo científico publicado no Journal of Medical Ethics.
No artigo «Aborto pós-parto: por que deve o bebé viver?», de Francesca Minerva, é questionada a vida do bebé recém-nascido nos países onde o aborto é legal. A autora já terá até recebido ameaças de morte devido a esta opinião.
Os mais críticos consideram esta ideia um apelo à legalização do infanticídio, ao considerar que matar um bebé nos primeiros dias não diverge muito de fazer um aborto.



Fonte: A Bola

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

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Governo vai alterar Acordo Ortográfico


Francisco José Viegas afirmou ontem que o Governo se prepara para alterar o Acordo Ortográfico até 2015 e que cada português é livre para escrever como entender.
O Secretário de Estado da Cultura afirmou ontem, em entrevista à TVI-24, que também ele não concorda com alguns pressupostos do Acordo Ortográfico, no entanto, argumenta que "até 2015 podemos corrigi-la (ortografia), temos essa possibilidade e vamos usá-la. Nós temos que aperfeiçoar o que há para aperfeiçoar."
Quando interpelado acerca de Vasco Graça Moura se ter recusado a adotar este Acordo no CCB, Francisco José Viegas admite que o presidente do CCB é uma das pessoas que mais se empenhou na luta contra este Acordo, sendo completamente natural e expectável a posição de Vasco Graça Moura e que "não há uma polícia da língua. Há um acordo que não implica sanções graves para nenhum de nós".

Fotografia: Francisco José Viegas
Ler mais: Expresso

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

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Devem os deputados beber água da torneira?

Nas passadas semanas, na Assembleia da República, foram feitos estudos à "forma" de beber água: se sai mais barato os deputados beberem água da torneira ou se sai mais barato os deputados beberem água engarrafada.
Sem dúvida que é um estudo bastante interessante, tendo em conta que são 4 mil garrafas de água por mês, mas será este estudo essencial? Será sequer tema para discutir na Assembleia da República?!
Independentemente disso, a AR afirmou que não tem meios para "garantir a higiene, quer na origem, quer na sua distribuição". E que só a água engarrafada é "100% natural e saudável e de excecional qualidade".
Ficámos assim a saber que os deputados têm de beber água engarrafada: é mais barato e é mais natural e saudável!


sábado, 25 de fevereiro de 2012

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Sindicatos? Ouvi falar!


A maioria das pessoas já ouviu falar em sindicatos, até porque agora são muito falados nas notícias. Mas o que é então um sindicato? Para que serve?

“Sindicato é uma agremiação fundada para a defesa comum dos interesses de seus aderentes. Os tipos mais comuns de sindicatos são os representantes de categorias profissionais, conhecidos como sindicatos laborais ou de trabalhadores, e de classes económicas, conhecidos como sindicatos patronais ou empresariais.”

Os que mais ouvimos falar são os sindicatos laborais, porque a maioria das pessoas são trabalhadores, o que dá um peso bastante grande a este tipo de sindicatos. Em Portugal existem muitos sindicatos, mas para não me alargar para lá do interesse do leitor, vou focar alguns principais.

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) é uma federação sindical de sindicatos de professores portugueses, ou seja, é um conjunto de sindicatos.

São membros da FENPROF as seguintes associações sindicais:
  • Sindicato dos Professores do Norte (SPN);
  • Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC);
  • Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL);
  • Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS);
  • Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA);
  • Sindicato dos Professores da Madeira (SPM);
  • Sindicato dos Professores do Estrangeiro (SPE).

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) é uma confederação sindical fundada a 1 de Outubro de 1970 em Lisboa. A CGTP é membro da Confederação Europeia de Sindicatos. Como qualquer organização unitária, a CGTP afirma-se independente.
 A CGTP é tradicionalmente influenciada pelo Partido Comunista Português (PCP).

A União Geral de Trabalhadores (UGT) é uma Central Sindical de Portugal. Foi fundada a 28 de outubro de 1978, em Lisboa. Como qualquer organização unitária, a UGT afirma-se independente.
 A UGT é tradicionalmente influenciada pelo PS, cujos militantes participaram na sua criação. A UGT foi criada por um grupo de sindicatos que se separaram da CGTP, preferindo criar uma central à parte, ao invés de contestar as posições políticas predominantes na CGTP, fortemente influenciada pelo P.C.P.
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Colaboradores

Venho informar que este blog anda a "recrutar" novos colaboradores. Estes terão de escrever, no mínimo, um artigo (sob forma de um texto) por mês. Todos os meses irá haver um ranking composto pelos três colaboradores que publicaram artigos com um maior número de visualizações (naturalmente, este raking só existirá quando houver um número considerável de colaboradores).
Para mais informações contata: Email.

Participa, dá voz à tua opinião!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

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A Pieguice

Ultimamente critica-se muito Pedro Passos Coelho por alegadamente ter insultado os portugueses, ao chamar-lhes "piegas". Trata-se de, naturalmente, mas uma informação completamente distorcida e descontextualizada por parte da comunicação social e de todos aqueles que se sentam na ala esquerda da Assembleia da República. O Primeiro-Ministro, na cerimónia do 40.º aniversário das escolas do grupo Pedago (onde deu aluas), pediu aos professores para serem mais exigentes com os alunos, e para estes não serem piegas, porque muitas vezes lamuriam-se em defesa dos alunos ("Coitadinhos dos alunos"; "Ai que têm tanto para estudar"; etc.). Passos Coelho argumenta que os professores devem ser exigentes, com vista a melhorar o ensino e aprendizagem dos alunos, passo a citar as próprias palavras do PM: "Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender, só com persistência, exigência e intransigência é que o país terá credibilidade".
É pena que alguns partidos aproveitem tudo para poderem desfazer e criticar o Governo, não optando por tomar medidas concretas que ajudem a ultrapassar este difícil momento; não, preferem ocupar-se com acontecimentos e situações desnecessárias.

Vídeo do discurso: Expresso

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

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Paulo Castro Rangel


Paulo Artur dos Santos Castro de Campos Rangel (Vila Nova de Gaia, 18 de Fevereiro de 1968) é um docente universitário e jurisconsulto, licenciado em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade Católica do PortoÉ diretor da Associação Comercial do Porto, deputado ao Parlamento Europeu, coordenador do Grupo Europeu do PSD  e Vice-Presidente do Grupo PPE, entre outros.

Ler mais: aqui.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

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Concordas com a pena de morte?


Argumentos a favor da pena de morte:
  • A autoridade, como ministro de Deus, tem o poder sobre a vida de seus súbditos (Rom 13,4);
  • A pena de morte justificar-se-ia em casos excepcionais, quando não há outro recurso para se preservar o bem comum;
  • A função do Estado é preservar a paz pública e defender o cidadão contra a ação dos criminosos; daí, surge, por vezes, a necessidade da pena de morte;
  • Ela tem uma função dissuasório, isto é, impede a multiplicação de atos terroristas, subversivos, criminosos, etc;
  • A pena de morte seria uma nobilíssima atitude de justiça que não pode ser posta em paralelo com os crimes dos inocentes;
  • Esta sempre existiu na história da humanidade, até nos Estados Pontifícios; mesmo hoje em dia, nações bastante civilizadas mantém em suas leis a pena de morte, apesar de a aplicarem poucas vezes.

Argumentos contra a pena de morte:
  • A visão mais aprofundada da mensagem evangélica na linha do amor efetivo, do perdão, da tentativa de recuperação;
  • Compreensão cada vez melhor dos condicionamentos sociais e psíquicos das ações de cada indivíduo;
  • Experiência da ineficácia da pena capital na prevenção dos crimes;
  • O notável progresso de todo regime penitenciário, que, de um lado, isola os criminosos, e, de outro lado, pode dar hipóteses para recuperar as pessoas;
  • A irreversibilidade da morte: uma vez aplicada a pena, nunca mais pode ser restituída a vida. E  se houve um erro no julgamento?
  • A lei do olho por olho, dente por dente, já está superada; só valia em estágios mais atrasados da humanidade.


Francisco Thó Monteiro: Contra a pena de morte.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

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Tolerância de ponto no Carnaval

No passado dia 3, à noite, Pedro Passos Coelho argumentou que "ninguém perceberia" se o Governo desse tolerância de ponto numa altura em que o Executivo vai acabar com feriados.
Começo desde já por lembrar que o Carnaval não é nenhum feriado, e todos os anos o Governo é que decreta se tem condições ou não para ceder esta tolerância de ponto. No entanto, este "feriado" sempre existiu, pelo que os portugueses já o tomavam como certo, mas esqueceram-se de que não há condições para a existência deste feriado.
Num período de austeridade, em que o Executivo vai acabar com quatro feriados (5 de outubro; 1 de dezembro; Corpo de Deus; 15 de agosto), qual é o sentido de haver Carnaval?! 
O Primeiro-ministro, independentemente da decisão que tomasse, iria sempre arcar com críticas: se desse tolerância de ponto, os portugueses argumentavam que se estava a dar um "feriado" e a acabar com outros muito mais importantes; ao não dar tolerância de ponto, os portugueses argumentam que se está a quebrar uma tradição.
Além disso, um facto bastante interessante para quem desconhece, a semana em que era suposto ocorrer o Carnaval, coincide com a semana em que os dirigentes da troika estão em Portugal, o que nos leva às seguintes questões: ficariam, os dirigentes da troika, com boa impressão de Portugal? Ficariam com vontade de nos emprestar mais uns "trocos"? Não ficariam a pensar que andamos a "gozar" um bocado com a situação? Não seríamos completamente descredibilizados?
Por fim, achei interessantíssimo a intervenção de Francisco Louçã (coordenador do Bloco de Esquerda), que afirmou que "o Governo não está preocupado em melhorar a economia do país. O Governo está a piorar todos os dias a economia do país". Não me parece que seja a não trabalhar que se melhora a economia de um país, mas pronto, é só o meu ponto de vista.

Francisco Thó Monteiro

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

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Salazar é a sua tia!

Durante o debate de quarta-feira no programa "Prova dos 9", Santana Lopes perdeu a calma e respondeu torto a Fernando Rosas depois deste o ter comparado a Salazar.


Ler mais: Expresso

Francisco Thó Monteiro

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

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"Nins" de Seguro

É de louvar a atitude e omnipresença de António José Seguro, presidente do Partido Socialista. Apesar de ter sido o PS anteriormente a negociar o memorando da troika, Seguro "não concorda com algumas partes mas quer cumpri-lo", partes essas que são, sem dúvida, as mais importantes. Estamos então perante uma posição insubsistente. Trata-se de uma tentativa de vitória que leva a uma derrota certa. Seguro está assim a adotar uma posição que não pode ser tomada por um presidente do maior partido de oposição português, esta postura vai levar à rutura de ideias e à falta de iniciativa, pois limita-se a criticar os erros do governo sem apresentar opções estratégicas e objetivas (não obstante que o PS não se pode, nem deve, opor abrutamente ao memorando que o próprio partido assinou, para não ser descredibilizado).
Seguro tem aqui duas opções: ou se junta e aceita as medidas impostas pela troika, ou propõe medidas alternativas à austeridade.
Acabo citando uma frase de Daniel Oliveira (in Expresso): Seguro não pode continuar, num momento desta gravidade, em cima do muro a berrar violentos "nins".

Francisco Thó Monteiro

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

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Concordas com a abolição das touradas?

Argumentos a contra a abolição:
  • Sem touradas a raça dos touros bravos extinguia-se, pois não é comercialmente interessante para a indústria do bife de vaca/copo de leite;
  • É considerada uma tradição milenar;
  • Um touro de morte é mais feliz durante a sua vida de 3 a 5 anos em pastos naturais (até faz sexo de maneira natural, os outros animais fazem sexo com veterinários, através da inseminação artificial), que os vitelos de engorda intensiva que com poucos meses de vida em estábulos são mortos para bife ou as vacas leiteiras que nunca conheceram o sol até a sua viagem para o matadouro;
  • Se formos proibir todas as nossas tradições numa neurose de hipocrisia do bem e do politicamente correcto, passo a passo perdemos a nossa "Identidade Nacional";
  • Humanizar touros bravos é algo absurdo;
  • Uma tourada é uma prova de veneração e uma homenagem à força animal;
  • Não é para ser vista como um desporto mas como uma arte, na qual o cavaleiro é o artista;
  • As touradas têm uma vertente religiosa.

Argumentos a favor da abolição:
  • As tradições, por muito bonitas que sejam, só fazem sentido quando são compatíveis com as formas de pensar e os conceitos vigentes. Como hoje em dia, o respeito pelo sofrimento dos animais começa a fazer parte da forma de pensar de muita gente, as touradas deveriam ser postas em causa e abolidas (ou repensadas);
  • Perpetuar uma espécie de animais apenas para que estes possam ser usados em espectáculos que se baseiam no seu sofrimento não é um acto nobre nem louvável. E muito menos favorável ao próprio animal;
  • Quem se insurge contra as touradas não o faz por prazer nem proveito próprio. Esse esforço deve, por isso, ser respeitado por quem consegue assistir ao espectáculo sem a mínima misericórdia e reflexão pelo que lá se passa;
  • Estudos científicos feitos até agora apontam no sentido de que as agressões sofridas antes e durante as corridas sejam não só dolorosas mas incapacitantes;
  • Com certeza que um touro saudável deixado em paz no campo não anda a atacar tudo o que se mexe;
  • A “arte” de tourear pode de facto ser considerada bonita, ter grande mérito artístico e principalmente técnico. Mas perde toda a legitimidade quando necessita de fazer sofrer física e psicológicamente animais para ser executada.  A arte de lutar até à morte dos gladiadores era considerada bastante mais honrosa e bonita por quem assistia. Mesmo essa acabou;
  • A justificação de que o touro é nobre por lutar pela vida numa tourada vem de quem alimenta o seu negócio e enriquece à custa deste espectáculo perverso mas rentável;
  • Não há qualquer justificação moral para se causar sofrimento a um animal para fins de entretenimento.


Bruno Vieira: Contra a abolição.
Francisco Thó Monteiro: Contra a abolição.
Pedro Alagoa: Contra a abolição.


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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

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Francisco Pinto Balsemão


Francisco José Pereira Pinto Balsemão (Lisboa, 1 de Setembro de 1937) é um empresário português, licenciado em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi jornalista e dirigente político, até se dedicar à vida empresarial. É presidente do Conselho de Administração da SIC.
É um dos principais fundadores do Partido Popular Democrático (PSD). 
Foi primeiro-ministro entre 1981 e 1983.

Ler mais: aqui.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

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"Concordas com..."

Esta nova rubrica: "Concordas com...", irá questionar os nossos leitores sobre algumas questões controversas da sociedade em que vivemos. Terá uma periodicidade quinzenal, onde se criará um artigo sobre um tópico de natureza ética, como a pena de morte, touradas, eutanásia, etc., com o intuito de "prender" os leitores ao blog e formar interessantes debates com diversos e inúmeros pontos de vista. Em cada artigo serão apresentados argumentos contra e argumentos a favor, seguido da opinião pessoal dos autores do blog. 
Por isso estejam atentos!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

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Feriados 5 de outubro e 1 de dezembro acabam

Álvaro Santos Pereira adiantou que o Governo vai propor aos parceiros sociais a eliminação de igual número de feriados religiosos. 
O Governo vai propor aos parceiros sociais a eliminação do 5 de outubro e do 1 de dezembro, da lista de feriados obrigatórios, anunciou hoje o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Álvaro Santos Pereira adiantou que o Governo vai propor aos parceiros sociais a eliminação de igual número de feriados religiosos.
As alterações à lista de feriados obrigatórios estabelecida no Código do Trabalho só serão aprovadas em Conselho de Ministros depois de serem discutidas com os parceiros sociais, numa reunião a realizar na próxima semana, referiu o secretário de Estado da Presidência, Luís Marques Guedes. 

Fonte: Expresso

Francisco Thó Monteiro

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

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Maçonaria

Nestas últimas semanas fala-se muito na Maçonaria e nos maçons que "estão" no Parlamento. Não estamos a falar de trolhas ("maçon" em françês) mas sim de membros de uma sociedade secreta - a Maçonaria. Começarei então por esclarecer o que é a Maçonaria.
A Maçonaria é uma ordem iniciática, ritualística, universal, fraterna, e filosófica, baseada no livre-pensamento e na tolerância, que tem por objectivo o desenvolvimento espiritual do homem com vista à edificação de uma sociedade mais livre, justa e igualitária. Não aceita dogmas, combatendo todas as formas de opressão, luta contra o terror, miséria, setarismo, ignorância, corrupção, enaltece o mérito, procura a união de todos os homens pela prática de uma moral universal e pelo respeito da personalidade de cada um. Considera o trabalho como um direito e um dever, valorizando igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual.

Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autónomas, designadas por oficinasateliers ou (como são mais conhecidas e corretamente designadas) lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si.".
Apesar de todos os fins cívicos que esta sociedade tem como objetivo, é natural que os membros deste tipo de sociedades se "ajudem" uns aos outros, porque isto não é algo que acontece apenas na Maçonaria mas também nos Rotários, Lions Clubs, etc. Não estou a dizer que acho isto justo, mas apenas que tenho consciência que é algo normal. É como quando podemos usar uma "cunha" para ter um emprego: quem é que não a vai usar? (Muito pouca gente).
Penso que se está a dar demasiada importância a este assunto, num período em que existem outros acontecimentos e situações bem mais graves e bem mais importantes que podem e devem ser abordados e criticados.

Foto: Esquadro e compasso Maçónico.

Francisco Thó Monteiro

sábado, 21 de janeiro de 2012

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Cavaco "insulta" portugueses

O prof. Cavaco Silva afirmou recentemente numa entrevista à comunicação social que "aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas".  O Presidente da República refere-se à reforma de 1300 euros mensais da Caixa Geral de Aposentações (CGA), visto que ainda desconhece quanto irá auferir do Banco de Portugal. 

De acordo com a sua declaração de rendimentos em 2009, o Presidente da República recebia cerca de 10 mil euros brutos por mês, relativos à pensão do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações, para onde descontou como professor universitário e investigador da Gulbenkian. Apesar de ter abdicado do salário de Presidente da República, no valor de 6523 euros (já com os cortes de 5% em 2011 e 10% em 2011), é indecente afirmar em televisão, em pleno período de austeridade, que "vou receber 1300 euros por mês; não sei se ouviu bem, 1300 euros por mês", como quem diz " 1300 euros por mês", quando existem pensionistas que recebem 200 e 300 euros mensais.

Não estou a pôr em causa as capacidades do prof. Cavaco Silva, mas um homem que está no poder há várias décadas, sendo o segundo português que está ativo na política há mais anos (sendo o primeiro Alberto João Jardim), não se pode vir "chorar" aos portugueses que "só vai receber 1300 euros por mês".
Entre as reformas douradas do Banco de Portugal, além de Cavaco Silva, encontram-se nomes como o da ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite e o ex-governador José Silva Lopes.

Francisco Thó Monteiro

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

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Inglês conquista Macau com pastéis de nata

Ministro da Economia gostaria que existisse um franchising português de pastéis de nata, mas um inglês, Andrew Stow, já explorou a ideia em Macau: reinventou a receita de Belém e, mesmo sem canela, e conquistou o paladar da Ásia! 




Francisco Thó Monteiro

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

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Novo acordo de concertação

Hoje, entre o Governo, a UGT e confederações patronais foi assinado um acordo ("Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego"), que vem mudar significativamente a vida dos trabalhadores.
  • Tempo de trabalho:  Possibilidade do banco de horas ser implementado sem negociação coletiva, intervenção sindical ou das comissões de trabalhador, e pode aumentar "até duas horas diárias ao período normal de trabalho, limite de 50 horas semanais e 150 anuais"; No caso de o período de trabalho ultrapassar as dez horas diárias, deve existir uma interrupção mínima de uma hora e máxima de duas.
  •  Trabalho suplementar: Nas horas extraordinárias, os montantes pagos baixam para metade: 25% na primeira hora ou fração, 37,5% nas seguintes caso o trabalho seja em dia útil; 50% por cada hora ou fração no caso do trabalho extraordinário prestado em feriados, folgas ou fins de semana;  o trabalho em dia feriado passa a ser pago pela metade do valor.
  • Feriados e pontes:  Redução de "três a quatro" feriados obrigatórios; os patrões podem decidir encerrar as empresas nos dias de pontes.
  • Férias:  Acaba a possibilidade de majorar em três dias as férias dos trabalhadores que não faltem durante o ano inteiro de trabalho.
  • Indemnizações:  os trabalhadores têm direito à compensação devida nos moldes até agora em vigor, isto é um mês de compensação por cada ano de trabalho na empresa; caso a compensação obtida seja igual a 12 anos de trabalho ou a 240 RMMG (116 400 euros), o trabalhador tem direito a indemnização prevista à data da entrada em vigor da nova legislação.
Ler mais: Expresso

Francisco Thó Monteiro
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A teoria do exemplo

O exemplo. A prova de que o pouco pode ser bastante significativo. O tipo de prova que o "povo" (não só de Portugal, mas também de outros países) precisa. E precisamos do exemplo das principais figuras do país, bem como das instituições em que o povo confie.
Por exemplo:

  • O Primeiro-Ministro italiano Mário Monti que, apesar de ter sido alvo de muitas críticas, abdicou do salário de primeiro ministro;
  • As viagens em classe económica feitas pelo Governo português que, parecendo que não, já se poupou cerca de 200 mil euros, num período de tempo inferior a um ano.
  • O facto de alguns indivíduos influentes, neste caso Horta-Osório, presidente do banco britânico "Lloyds Bank", ter abdicado de um bónus de 2,3 milhões de euros.
Se é por certas pessoas abdicarem de salários ou por fazerem viagens em classe económica em vez de executiva que nos vão tirar da crise? Não.

Mas trata-se de dar o exemplo, o exemplo de que se deve poupar e conter custos. Quando ouço que, instituições como o Banco de Portugal, já pagaram os subsídios de férias aos seus empregados, ficando assim de fora dos cortes impostos aos trabalhadores de entidades públicas, ou que, pessoas como Eduardo Catroga que, para além do salário "modesto" de 45 mil euros mensais, ainda reclamam a reforma, fico naturalmente revoltado.
Não está em causa o facto do Banco de Portugal ser privado ou nacional, mas sim o exemplo. É o banco de Portugal, devia ser um exemplo e juntar-se ao esforço e sacrifícios que os funcionários públicos e pensionistas portugueses vão ter que fazer, independentemente de qualquer enquadramento legal.
Já de Eduardo Catroga nem se fala. Ouviu falar da crise e precaveu-se: "agora que isto 'tá difícil, o melhor é pedir também a reforma (9.600€), para além de um brutal salário". É o exemplo de um mau exemplo.
Em tempos como os que correm não se deve (mesmo) ter este tipo de atitudes e postura.

Fotografia 1: Eduardo Catroga (cartoon);
Fotografia 2: Mário Monti.

Francisco Thó Monteiro

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

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Francisco Sá Carneiro


Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro (Porto19 de Julho de 1934 - Camarate4 de Dezembro de 1980) foi um advogado político português, fundador e líder do Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata (PPD/PSD), e ainda Primeiro-Ministro de Portugal, durante cerca de onze meses, no ano de 1980.

Ler mais: aqui.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

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Mas o que é a 'troika'?


Troika - palavra russa para um comité de três membros.
Em política, a palavra troika designa uma aliança de três personagens do mesmo nível e poder que se reúnem num esforço único para a gestão de uma entidade ou para completar uma missão, como o triunvirato histórico de Roma
Atualmente, é muito aplicada à equipa da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional que atuam no resgate a países endividados. É a troika que irá avaliar as contas reais de Portugal para definir as necessidades de financiamento do país. 
Conclusão, não é só o FMI que irá financiar Portugal, nem é só o Banco Central Europeu que negociará com o Governo. A troika será responsável por toda a acção de reestruturação económica do país.

Fonte: Wikipédia

Francisco Thó Monteiro

domingo, 15 de janeiro de 2012

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Divergências Laborais

Nos tempos que correm, por incrível que pareça, não é a austeridade, a consolidação orçamental, ou as privatizações que mais me fazem impressão. Talvez porque concordo com estas medidas, que constituem reformas estruturais para Portugal e para o seu futuro. Ou talvez será porque existem coisas realmente controversas que me fazem pensar sobre a coerência que lhes é inerente. Ou melhor, que não lhes é inerente. Falo de trabalho. Sim, de trabalho. Um assunto aparentemente simples, que ao principio parece obter um consenso por parte de todos, mas que gera inúmeras divergências quando aprofundado.

De que lado estar ? Do lado do patronato, que investiu todo o seu capital e que tanto lutou na construção da/s sua/s empresa/s ou do lado do operariado, que nada pior tem do que cumprir horários?
Acredito que o patronato deveria merecer maior respeito na nossa parte. Os investidores privados, que constituem o patronato empregam todos os dias o seu esforço para garantir um posto de trabalho para um vastíssima classe de trabalhadores (o chamado operariado). E o que fazem muitas vezes os trabalhadores? Muitos não estão dispostos a trabalhar nem mais um minuto para além do seu horário. Muitos não dão o rendimento que deveriam dar. E finalmente, o que mais me faz confusão, o que mais me intriga, e que por vezes me mal dispõe (e digo-o com toda a convicção) são as greves. Está na altura de abdicarem do egoísmo que os caracteriza, e de trabalharem para o bem comum. Dirijo-me a este conjunto de trabalhadores que exige à sua entidade patronal cada vez mais privilégios e mais benefícios, numa altura em que os próprios patrões tem dificuldades para pagar aos seus empregados os serviços mínimos. Os trabalhadores não estão a trabalhar para a sua entidade patronal. Os trabalhadores trabalham para a empresa da qual fazem parte!
É por estas razões e por muitas mais que defendo o novo Código Laboral, que mesmo não beneficiando o patronato, não o prejudica como antes acontecia.

Bruno Vieira
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A verdade dos números

Ultimamente, a imprensa têm falado muito das nomeações polémicas de Passos Coelho para a EDP e para a AdP (Águas de Portugal). No entanto, quando observamos os gráficos, não existem assim tantas nomeações como se faz querer parecer. Existe pois um elevado número de reconduzidos, muitos deles da época de Sócrates.
Apresento aqui a "verdade dos números".

Apesar de algumas nomeações poderem ser "escandalosas", porque se trata de militantes do PSD e CDS,  é certo que o primeiro-ministro teve em conta o profissionalismo e a capacidade de exercer o cargo previsto, como é exemplo o economista Eduardo Catroga, que vai ganhar um salário de 45 mil euros/mês, ou seja mais de 639 mil euros anuais, enquanto presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.
Contundo, deixo um recado para Passos Coelho: não se trata de amiguismos, mas é preciso ter cuidado, porque pode dar (ou dá) a entender que é.

Francisco Thó Monteiro

sábado, 14 de janeiro de 2012

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O pastel de nata!

Na conferência do jornal Diário de Notícias (Made in Portugal), o ministro da economia, Dr. Álvaro Santos Pereira, questiona o porquê de nenhum empreendedor português ou estrangeiro ter pegado nas natas e começar a comercializá-las no estrangeiro, como se fez com o McDonald's ou como os donuts!
Aliás, até foi um emigrante português, na África do Sul, que começou a comercializar frango de churrasco e já tem uma cadeia de restaurantes como o McDonald's que se chama "O Nandas"!



Francisco Thó Monteiro
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[Crónica] A diferença entre PS e PSD

Vivemos numa época de grande controvérsia política, onde questionamos as ideologias e medidas do novo governo e de outras instituições ligadas ao mesmo. Mas, pensando bem, sempre assim foi. Excepto durante o governo de Sócrates. Quando esse senhor era PM, nem tínhamos necessidade de as questionar. Sabíamos, à partida, que eram más... Ou se calhar só estamos mais contentes com o país agora porque o Benfica está em primeiro lugar. Mas pode ser só impressão minha... 

Então qual é a diferença entre PS e PSD? Bom: PSD, um partido de centro-direita, com ideologias de centro-direita. Muito bem, parece-me normal. Vamos ver o PS: um partido com ideologias muito misturadas. Sabem aqueles pratos que contêm muitas especiarias e ingredientes, todos eles totalmente diferentes? O PS é isso. Com a “brilhante” particularidade das suas especiarias serem de fraca qualidade, nomeadamente umas denominadas “a promessa dos 150 mil empregos” e “ a promessa do retiramento dos 300 mil idosos da pobreza”. A maioria das pessoas pensa que o PS é um partido centro-esquerda, mas estão enganados...

A diferença entre o PS e PSD é que o último é um partido com ideias fixas, não sendo um partido “teimoso”. É um partido de centro-direita. O PS é um partido com projectos em constante mudança, e frequentemente contraditórios. É um partido de centro-esquerda-que-consegue-apanhar-um-bocadinho-da-direita-mas-que-é-uma-direita-à-maneira-do-PS. É esta a diferença entre os dois.

Concluindo, temos 3 opções para o desenvolvimento do país: ou apoiamos quem está no governo, neste caso o PSD, ou esperamos que o PS fique com ideias fixas e que cumpra as promessas e então já é legítimo votar nesse partido, ou então esperamos (e esta parece-me a opção mais fidedigna) que o Benfica continue em 1º lugar. Tudo isto para o bem estar do país, é claro...

Pedro Alagoa

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

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O "novo" Acordo Ortográfico

Hoje vou falar-vos do "novo" Acordo Ortográfico. E porquê as aspas no "novo"?
Este Acordo Ortográfico foi estabelecido em 1990 (de novo tem pouco!) entre Portugal, Brasil e demais seis países lusófonos e entrou em vigor em maio de 2009. Neste ano letivo (2011/12) o acordo foi oficialmente adotado no sistema de ensino e, a partir de 1 de janeiro de 2012, começou a ser usado nos organismos oficiais. Mas, até 2015, decorre um período de transição, durante o qual os cidadãos dos CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) ainda podem utilizar a grafia antiga (basicamente, a que resultou da Reforma de 1945).
Como todos deveríamos saber, a ortografia das línguas está em constante mudança, e a língua portuguesa não é exceção.
Quando fui informado que este acordo entraria em vigor, em 2009, a minha reação não foi a mais positiva. As pessoas estão habituadas a escrever de certa forma, e o ser humano, é uma criatura de hábitos e vícios, pelo o que mudá-los pode trazer consequências negativas. No entanto, após uma maior reflexão sobre este tópico, cheguei a uma conclusão: tanto faz.
  • Tanto faz porque, apesar de termos de "formatar" algumas regras que aprendemos enquanto estudantes, esta nova ortografia faz sentido! O que não faz sentido é escrever "acção" ou "concepção" quando não se pronuncia o "c" ou o "p".
  • Tanto faz porque, ainda que se faça bastantes alterações à gramática portuguesa, esta tornou-se mais simples e mais lógica.
  • Tanto faz porque assim até dá para copiar os trabalhos da wikipédia (nem pensem em fazer isto!).

Não se trata de perder a identidade cultural, porque este Acordo Ortográfico não nos vai pôr a "falar brasileiro" como algumas pessoas afirmam, porque em termos de fonia, vamos falar exatamente igual, só muda  mesmo a ortografia.
Por isso, quer concordem quer não, habituem-se a escrever com o "novo" Acordo Ortográfico!

Texto escrito de acordo com o novo Acordo Ortográfico!!

Francisco Thó Monteiro

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

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Agora sim, estamos porreiros pá!



Foram muitas palavras, grandes intervenções e excessivas expressões rodeadas de grandes eufemismos. E que metáforas… que metáforas, meus amigos!


Esta retórica inundada de recursos estilísticos cobria posições fundadas por razões banais em detrimento das realmente importantes.


Não fomos “fintados” uma vez, mas duas. Às vezes afirmava com convicção que iriam criar 150 mil empregos, quando destruíram outros tantos. Às vezes tinha a certeza que tinha programas ideais para combater a dívida pública, quando a aumentou substancialmente. E tinham a certeza que a ajuda externa não era necessária.
Depois desta promessa, veio um enorme orgulho. Um orgulho como nunca vi. Comprometeu-se a não pedir ajuda externa e não conseguiu cumprir. Mas só a pediu quando a pré-bancarrota estava próxima.


Em seis anos destruíu três gerações. É esta a principal consequência de seis anos de Sócrates. Sim, de Sócrates. Não há que ter medo de dizê-lo!
Quando lhe dissemos “chega”, ele disse-nos “adeus”. Foi para a cidade das luzes, e levou-nos a nossa. Mas iremos recuperá-la!

Eis uma biografia simples e integral do “engenheiro” José Sócrates.


Bruno Vieira
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PSI-20

"PSI-20" significa "Portuguese Stock Index 20", é o principal índice de referência da Bolsa de Lisboa. Este índice é composto pelas maiores empresas portuguesas no mercado de capitais. PSI20 reflete a evolução dos preços das 20 emissões de ações de maior dimensão e liquidez selecionadas no universo das empresas admitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais.
Ou seja, o PSI-20 corresponde às 20 maiores empresas portuguesas, sendo elas:

  • Altri - Empresa de produção papeleira e energética;
  • Banco Comercial Português - Empresa de finanças e capitalização;
  • Banco Espírito Santo - Empresa de finanças e investimentos;
  • Banco Português de Investimento - Empresa de finanças e investimentos;
  • Banco Internacional do Funchal - Empresa de finanças e investimentos;
  • Brisa - Empresa concessionaria de autoestradas;
  • Cimpor - Empresa de produção de cimentos;
  • EDP - Empresa de produção e distribuição de electricidade;
  • EDP Renováveis - Empresa de produção de energias renováveis;
  • Galp - Empresa petrolífera e de combustíveis;
  • Jerónimo Martins - Empresa de grande distribuição, maioritariamente distribuição alimentar;
  • Mota Engil - Empresa de construção civil;
  • Portucel - Empresa de comercialização de papeis de alta qualidade;
  • Portugal Telecom - Empresa de telecomunicações e de multimédia;
  • REN - Empresa de geração e de distribuição de electricidade;
  • Semapa - Empresa de produção de cimentos;
  • Sonae Indústria - Empresa de administração de recursos próprios;
  • Sonae - Empresa de indústria de matéria-prima, distribuição e venda de alimentos, administração de centros comerciais, turismo, construção, telecomunicações, transporte e capitais de risco;
  • Sonaecom - Empresa de comunicação social, telecomunicações, internet e informática;
  • ZON - Empresa de distribuição de multimédia.
O PSI-20 foi lançado com uma dupla finalidade: servir de indicador da evolução do mercado accionista português; e servir de suporte à negociação de contratos de futuros e opções.

Fonte: Wikipédia.

Francisco Thó Monteiro
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