"Se nos demitirmos da intervenção activa, não passaremos de desportistas de bancada, ou melhor, de políticos de café." (Francisco Sá Carneiro)

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

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Governo vai alterar Acordo Ortográfico


Francisco José Viegas afirmou ontem que o Governo se prepara para alterar o Acordo Ortográfico até 2015 e que cada português é livre para escrever como entender.
O Secretário de Estado da Cultura afirmou ontem, em entrevista à TVI-24, que também ele não concorda com alguns pressupostos do Acordo Ortográfico, no entanto, argumenta que "até 2015 podemos corrigi-la (ortografia), temos essa possibilidade e vamos usá-la. Nós temos que aperfeiçoar o que há para aperfeiçoar."
Quando interpelado acerca de Vasco Graça Moura se ter recusado a adotar este Acordo no CCB, Francisco José Viegas admite que o presidente do CCB é uma das pessoas que mais se empenhou na luta contra este Acordo, sendo completamente natural e expectável a posição de Vasco Graça Moura e que "não há uma polícia da língua. Há um acordo que não implica sanções graves para nenhum de nós".

Fotografia: Francisco José Viegas
Ler mais: Expresso

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

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Devem os deputados beber água da torneira?

Nas passadas semanas, na Assembleia da República, foram feitos estudos à "forma" de beber água: se sai mais barato os deputados beberem água da torneira ou se sai mais barato os deputados beberem água engarrafada.
Sem dúvida que é um estudo bastante interessante, tendo em conta que são 4 mil garrafas de água por mês, mas será este estudo essencial? Será sequer tema para discutir na Assembleia da República?!
Independentemente disso, a AR afirmou que não tem meios para "garantir a higiene, quer na origem, quer na sua distribuição". E que só a água engarrafada é "100% natural e saudável e de excecional qualidade".
Ficámos assim a saber que os deputados têm de beber água engarrafada: é mais barato e é mais natural e saudável!


sábado, 25 de fevereiro de 2012

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Sindicatos? Ouvi falar!


A maioria das pessoas já ouviu falar em sindicatos, até porque agora são muito falados nas notícias. Mas o que é então um sindicato? Para que serve?

“Sindicato é uma agremiação fundada para a defesa comum dos interesses de seus aderentes. Os tipos mais comuns de sindicatos são os representantes de categorias profissionais, conhecidos como sindicatos laborais ou de trabalhadores, e de classes económicas, conhecidos como sindicatos patronais ou empresariais.”

Os que mais ouvimos falar são os sindicatos laborais, porque a maioria das pessoas são trabalhadores, o que dá um peso bastante grande a este tipo de sindicatos. Em Portugal existem muitos sindicatos, mas para não me alargar para lá do interesse do leitor, vou focar alguns principais.

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) é uma federação sindical de sindicatos de professores portugueses, ou seja, é um conjunto de sindicatos.

São membros da FENPROF as seguintes associações sindicais:
  • Sindicato dos Professores do Norte (SPN);
  • Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC);
  • Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL);
  • Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS);
  • Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA);
  • Sindicato dos Professores da Madeira (SPM);
  • Sindicato dos Professores do Estrangeiro (SPE).

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) é uma confederação sindical fundada a 1 de Outubro de 1970 em Lisboa. A CGTP é membro da Confederação Europeia de Sindicatos. Como qualquer organização unitária, a CGTP afirma-se independente.
 A CGTP é tradicionalmente influenciada pelo Partido Comunista Português (PCP).

A União Geral de Trabalhadores (UGT) é uma Central Sindical de Portugal. Foi fundada a 28 de outubro de 1978, em Lisboa. Como qualquer organização unitária, a UGT afirma-se independente.
 A UGT é tradicionalmente influenciada pelo PS, cujos militantes participaram na sua criação. A UGT foi criada por um grupo de sindicatos que se separaram da CGTP, preferindo criar uma central à parte, ao invés de contestar as posições políticas predominantes na CGTP, fortemente influenciada pelo P.C.P.
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Colaboradores

Venho informar que este blog anda a "recrutar" novos colaboradores. Estes terão de escrever, no mínimo, um artigo (sob forma de um texto) por mês. Todos os meses irá haver um ranking composto pelos três colaboradores que publicaram artigos com um maior número de visualizações (naturalmente, este raking só existirá quando houver um número considerável de colaboradores).
Para mais informações contata: Email.

Participa, dá voz à tua opinião!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

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A Pieguice

Ultimamente critica-se muito Pedro Passos Coelho por alegadamente ter insultado os portugueses, ao chamar-lhes "piegas". Trata-se de, naturalmente, mas uma informação completamente distorcida e descontextualizada por parte da comunicação social e de todos aqueles que se sentam na ala esquerda da Assembleia da República. O Primeiro-Ministro, na cerimónia do 40.º aniversário das escolas do grupo Pedago (onde deu aluas), pediu aos professores para serem mais exigentes com os alunos, e para estes não serem piegas, porque muitas vezes lamuriam-se em defesa dos alunos ("Coitadinhos dos alunos"; "Ai que têm tanto para estudar"; etc.). Passos Coelho argumenta que os professores devem ser exigentes, com vista a melhorar o ensino e aprendizagem dos alunos, passo a citar as próprias palavras do PM: "Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender, só com persistência, exigência e intransigência é que o país terá credibilidade".
É pena que alguns partidos aproveitem tudo para poderem desfazer e criticar o Governo, não optando por tomar medidas concretas que ajudem a ultrapassar este difícil momento; não, preferem ocupar-se com acontecimentos e situações desnecessárias.

Vídeo do discurso: Expresso

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

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Paulo Castro Rangel


Paulo Artur dos Santos Castro de Campos Rangel (Vila Nova de Gaia, 18 de Fevereiro de 1968) é um docente universitário e jurisconsulto, licenciado em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade Católica do PortoÉ diretor da Associação Comercial do Porto, deputado ao Parlamento Europeu, coordenador do Grupo Europeu do PSD  e Vice-Presidente do Grupo PPE, entre outros.

Ler mais: aqui.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

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Concordas com a pena de morte?


Argumentos a favor da pena de morte:
  • A autoridade, como ministro de Deus, tem o poder sobre a vida de seus súbditos (Rom 13,4);
  • A pena de morte justificar-se-ia em casos excepcionais, quando não há outro recurso para se preservar o bem comum;
  • A função do Estado é preservar a paz pública e defender o cidadão contra a ação dos criminosos; daí, surge, por vezes, a necessidade da pena de morte;
  • Ela tem uma função dissuasório, isto é, impede a multiplicação de atos terroristas, subversivos, criminosos, etc;
  • A pena de morte seria uma nobilíssima atitude de justiça que não pode ser posta em paralelo com os crimes dos inocentes;
  • Esta sempre existiu na história da humanidade, até nos Estados Pontifícios; mesmo hoje em dia, nações bastante civilizadas mantém em suas leis a pena de morte, apesar de a aplicarem poucas vezes.

Argumentos contra a pena de morte:
  • A visão mais aprofundada da mensagem evangélica na linha do amor efetivo, do perdão, da tentativa de recuperação;
  • Compreensão cada vez melhor dos condicionamentos sociais e psíquicos das ações de cada indivíduo;
  • Experiência da ineficácia da pena capital na prevenção dos crimes;
  • O notável progresso de todo regime penitenciário, que, de um lado, isola os criminosos, e, de outro lado, pode dar hipóteses para recuperar as pessoas;
  • A irreversibilidade da morte: uma vez aplicada a pena, nunca mais pode ser restituída a vida. E  se houve um erro no julgamento?
  • A lei do olho por olho, dente por dente, já está superada; só valia em estágios mais atrasados da humanidade.


Francisco Thó Monteiro: Contra a pena de morte.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

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Tolerância de ponto no Carnaval

No passado dia 3, à noite, Pedro Passos Coelho argumentou que "ninguém perceberia" se o Governo desse tolerância de ponto numa altura em que o Executivo vai acabar com feriados.
Começo desde já por lembrar que o Carnaval não é nenhum feriado, e todos os anos o Governo é que decreta se tem condições ou não para ceder esta tolerância de ponto. No entanto, este "feriado" sempre existiu, pelo que os portugueses já o tomavam como certo, mas esqueceram-se de que não há condições para a existência deste feriado.
Num período de austeridade, em que o Executivo vai acabar com quatro feriados (5 de outubro; 1 de dezembro; Corpo de Deus; 15 de agosto), qual é o sentido de haver Carnaval?! 
O Primeiro-ministro, independentemente da decisão que tomasse, iria sempre arcar com críticas: se desse tolerância de ponto, os portugueses argumentavam que se estava a dar um "feriado" e a acabar com outros muito mais importantes; ao não dar tolerância de ponto, os portugueses argumentam que se está a quebrar uma tradição.
Além disso, um facto bastante interessante para quem desconhece, a semana em que era suposto ocorrer o Carnaval, coincide com a semana em que os dirigentes da troika estão em Portugal, o que nos leva às seguintes questões: ficariam, os dirigentes da troika, com boa impressão de Portugal? Ficariam com vontade de nos emprestar mais uns "trocos"? Não ficariam a pensar que andamos a "gozar" um bocado com a situação? Não seríamos completamente descredibilizados?
Por fim, achei interessantíssimo a intervenção de Francisco Louçã (coordenador do Bloco de Esquerda), que afirmou que "o Governo não está preocupado em melhorar a economia do país. O Governo está a piorar todos os dias a economia do país". Não me parece que seja a não trabalhar que se melhora a economia de um país, mas pronto, é só o meu ponto de vista.

Francisco Thó Monteiro

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

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Salazar é a sua tia!

Durante o debate de quarta-feira no programa "Prova dos 9", Santana Lopes perdeu a calma e respondeu torto a Fernando Rosas depois deste o ter comparado a Salazar.


Ler mais: Expresso

Francisco Thó Monteiro

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

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"Nins" de Seguro

É de louvar a atitude e omnipresença de António José Seguro, presidente do Partido Socialista. Apesar de ter sido o PS anteriormente a negociar o memorando da troika, Seguro "não concorda com algumas partes mas quer cumpri-lo", partes essas que são, sem dúvida, as mais importantes. Estamos então perante uma posição insubsistente. Trata-se de uma tentativa de vitória que leva a uma derrota certa. Seguro está assim a adotar uma posição que não pode ser tomada por um presidente do maior partido de oposição português, esta postura vai levar à rutura de ideias e à falta de iniciativa, pois limita-se a criticar os erros do governo sem apresentar opções estratégicas e objetivas (não obstante que o PS não se pode, nem deve, opor abrutamente ao memorando que o próprio partido assinou, para não ser descredibilizado).
Seguro tem aqui duas opções: ou se junta e aceita as medidas impostas pela troika, ou propõe medidas alternativas à austeridade.
Acabo citando uma frase de Daniel Oliveira (in Expresso): Seguro não pode continuar, num momento desta gravidade, em cima do muro a berrar violentos "nins".

Francisco Thó Monteiro

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

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Concordas com a abolição das touradas?

Argumentos a contra a abolição:
  • Sem touradas a raça dos touros bravos extinguia-se, pois não é comercialmente interessante para a indústria do bife de vaca/copo de leite;
  • É considerada uma tradição milenar;
  • Um touro de morte é mais feliz durante a sua vida de 3 a 5 anos em pastos naturais (até faz sexo de maneira natural, os outros animais fazem sexo com veterinários, através da inseminação artificial), que os vitelos de engorda intensiva que com poucos meses de vida em estábulos são mortos para bife ou as vacas leiteiras que nunca conheceram o sol até a sua viagem para o matadouro;
  • Se formos proibir todas as nossas tradições numa neurose de hipocrisia do bem e do politicamente correcto, passo a passo perdemos a nossa "Identidade Nacional";
  • Humanizar touros bravos é algo absurdo;
  • Uma tourada é uma prova de veneração e uma homenagem à força animal;
  • Não é para ser vista como um desporto mas como uma arte, na qual o cavaleiro é o artista;
  • As touradas têm uma vertente religiosa.

Argumentos a favor da abolição:
  • As tradições, por muito bonitas que sejam, só fazem sentido quando são compatíveis com as formas de pensar e os conceitos vigentes. Como hoje em dia, o respeito pelo sofrimento dos animais começa a fazer parte da forma de pensar de muita gente, as touradas deveriam ser postas em causa e abolidas (ou repensadas);
  • Perpetuar uma espécie de animais apenas para que estes possam ser usados em espectáculos que se baseiam no seu sofrimento não é um acto nobre nem louvável. E muito menos favorável ao próprio animal;
  • Quem se insurge contra as touradas não o faz por prazer nem proveito próprio. Esse esforço deve, por isso, ser respeitado por quem consegue assistir ao espectáculo sem a mínima misericórdia e reflexão pelo que lá se passa;
  • Estudos científicos feitos até agora apontam no sentido de que as agressões sofridas antes e durante as corridas sejam não só dolorosas mas incapacitantes;
  • Com certeza que um touro saudável deixado em paz no campo não anda a atacar tudo o que se mexe;
  • A “arte” de tourear pode de facto ser considerada bonita, ter grande mérito artístico e principalmente técnico. Mas perde toda a legitimidade quando necessita de fazer sofrer física e psicológicamente animais para ser executada.  A arte de lutar até à morte dos gladiadores era considerada bastante mais honrosa e bonita por quem assistia. Mesmo essa acabou;
  • A justificação de que o touro é nobre por lutar pela vida numa tourada vem de quem alimenta o seu negócio e enriquece à custa deste espectáculo perverso mas rentável;
  • Não há qualquer justificação moral para se causar sofrimento a um animal para fins de entretenimento.


Bruno Vieira: Contra a abolição.
Francisco Thó Monteiro: Contra a abolição.
Pedro Alagoa: Contra a abolição.


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