É de louvar a atitude e omnipresença de António José Seguro, presidente do Partido Socialista. Apesar de ter sido o PS anteriormente a negociar o memorando da troika, Seguro "não concorda com algumas partes mas quer cumpri-lo", partes essas que são, sem dúvida, as mais importantes. Estamos então perante uma posição insubsistente. Trata-se de uma tentativa de vitória que leva a uma derrota certa. Seguro está assim a adotar uma posição que não pode ser tomada por um presidente do maior partido de oposição português, esta postura vai levar à rutura de ideias e à falta de iniciativa, pois limita-se a criticar os erros do governo sem apresentar opções estratégicas e objetivas (não obstante que o PS não se pode, nem deve, opor abrutamente ao memorando que o próprio partido assinou, para não ser descredibilizado).
Seguro tem aqui duas opções: ou se junta e aceita as medidas impostas pela troika, ou propõe medidas alternativas à austeridade.
Acabo citando uma frase de Daniel Oliveira (in Expresso): Seguro não pode continuar, num momento desta gravidade, em cima do muro a berrar violentos "nins".
Francisco Thó Monteiro
Talvez achem melhor ou dizer sim, e PS e PSD deixa de se chamar "oposição" ou PS, ou se calhar ainda achariam melhor ele dizer não e termos instabilidade política por cima da crise económica, para além da imagem negativíssima passada para o estrangeiro, nomeadamente para os investidores.
ResponderEliminarNa minha opinião, Seguro está a tomar uma atitude muito correta. Não é nestas alturas que se devem armar em comunistas e gerar confusão. Coesão nacional é o que é exigido nesta altura, embora se mantenham as divergência de opinião, pois são essas divergências que fazem o mundo avançar.
Cumps
João Araújo
Errata: 1º linha "... ou dizem sim, e deixa-se de chamar "oposição" ao PS ou ..."
EliminarCoesão nacional, política e social só pode ser atingida quando existem diversas propostas, de modo a que se possa melhorar o resultado final.
EliminarO facto de Seguro não apresentar estratégias objetivas faz com que o Governo possa fazer o que bem lhe apetecer, pois não existe outra força partidária de grande poder (neste caso o PS), que lhe faça frente.
Por exemplo, na última sessão na AR, Seguro, em vez de se preocupar com os cerca de 800 mil desempregados em Portugal ou com a crise económica, decidiu abordar temas supérfluos, como o caso da RDP e o caso do cancelamento do Acordo Ortográfico no CCB. Este tipo de postura não é o que se espera de um líder do Partido Socialista.
Preocupa-me a ubiquidade de António José Seguro na praça pública; ubiquidade esta que não vai além de simples respostas a questões de pouco interesse nacional.
Francisco Thó Monteiro