"Se nos demitirmos da intervenção activa, não passaremos de desportistas de bancada, ou melhor, de políticos de café." (Francisco Sá Carneiro)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

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Concordas com a abolição das touradas?

Argumentos a contra a abolição:
  • Sem touradas a raça dos touros bravos extinguia-se, pois não é comercialmente interessante para a indústria do bife de vaca/copo de leite;
  • É considerada uma tradição milenar;
  • Um touro de morte é mais feliz durante a sua vida de 3 a 5 anos em pastos naturais (até faz sexo de maneira natural, os outros animais fazem sexo com veterinários, através da inseminação artificial), que os vitelos de engorda intensiva que com poucos meses de vida em estábulos são mortos para bife ou as vacas leiteiras que nunca conheceram o sol até a sua viagem para o matadouro;
  • Se formos proibir todas as nossas tradições numa neurose de hipocrisia do bem e do politicamente correcto, passo a passo perdemos a nossa "Identidade Nacional";
  • Humanizar touros bravos é algo absurdo;
  • Uma tourada é uma prova de veneração e uma homenagem à força animal;
  • Não é para ser vista como um desporto mas como uma arte, na qual o cavaleiro é o artista;
  • As touradas têm uma vertente religiosa.

Argumentos a favor da abolição:
  • As tradições, por muito bonitas que sejam, só fazem sentido quando são compatíveis com as formas de pensar e os conceitos vigentes. Como hoje em dia, o respeito pelo sofrimento dos animais começa a fazer parte da forma de pensar de muita gente, as touradas deveriam ser postas em causa e abolidas (ou repensadas);
  • Perpetuar uma espécie de animais apenas para que estes possam ser usados em espectáculos que se baseiam no seu sofrimento não é um acto nobre nem louvável. E muito menos favorável ao próprio animal;
  • Quem se insurge contra as touradas não o faz por prazer nem proveito próprio. Esse esforço deve, por isso, ser respeitado por quem consegue assistir ao espectáculo sem a mínima misericórdia e reflexão pelo que lá se passa;
  • Estudos científicos feitos até agora apontam no sentido de que as agressões sofridas antes e durante as corridas sejam não só dolorosas mas incapacitantes;
  • Com certeza que um touro saudável deixado em paz no campo não anda a atacar tudo o que se mexe;
  • A “arte” de tourear pode de facto ser considerada bonita, ter grande mérito artístico e principalmente técnico. Mas perde toda a legitimidade quando necessita de fazer sofrer física e psicológicamente animais para ser executada.  A arte de lutar até à morte dos gladiadores era considerada bastante mais honrosa e bonita por quem assistia. Mesmo essa acabou;
  • A justificação de que o touro é nobre por lutar pela vida numa tourada vem de quem alimenta o seu negócio e enriquece à custa deste espectáculo perverso mas rentável;
  • Não há qualquer justificação moral para se causar sofrimento a um animal para fins de entretenimento.


Bruno Vieira: Contra a abolição.
Francisco Thó Monteiro: Contra a abolição.
Pedro Alagoa: Contra a abolição.


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