O exemplo. A prova de que o pouco pode ser bastante significativo. O tipo de prova que o "povo" (não só de Portugal, mas também de outros países) precisa. E precisamos do exemplo das principais figuras do país, bem como das instituições em que o povo confie.
Por exemplo:
- O Primeiro-Ministro italiano Mário Monti que, apesar de ter sido alvo de muitas críticas, abdicou do salário de primeiro ministro;
- As viagens em classe económica feitas pelo Governo português que, parecendo que não, já se poupou cerca de 200 mil euros, num período de tempo inferior a um ano.
- O facto de alguns indivíduos influentes, neste caso Horta-Osório, presidente do banco britânico "Lloyds Bank", ter abdicado de um bónus de 2,3 milhões de euros.
Se é por certas pessoas abdicarem de salários ou por fazerem viagens em classe económica em vez de executiva que nos vão tirar da crise? Não.
Mas trata-se de dar o exemplo, o exemplo de que se deve poupar e conter custos. Quando ouço que, instituições como o Banco de Portugal, já pagaram os subsídios de férias aos seus empregados, ficando assim de fora dos cortes impostos aos trabalhadores de entidades públicas, ou que, pessoas como Eduardo Catroga que, para além do salário "modesto" de 45 mil euros mensais, ainda reclamam a reforma, fico naturalmente revoltado.
Não está em causa o facto do Banco de Portugal ser privado ou nacional, mas sim o exemplo. É o banco de Portugal, devia ser um exemplo e juntar-se ao esforço e sacrifícios que os funcionários públicos e pensionistas portugueses vão ter que fazer, independentemente de qualquer enquadramento legal.
Já de Eduardo Catroga nem se fala. Ouviu falar da crise e precaveu-se: "agora que isto 'tá difícil, o melhor é pedir também a reforma (9.600€), para além de um brutal salário". É o exemplo de um mau exemplo.
Em tempos como os que correm não se deve (mesmo) ter este tipo de atitudes e postura.
Fotografia 1: Eduardo Catroga (cartoon);
Fotografia 2: Mário Monti.
Francisco Thó Monteiro
Olá,
ResponderEliminarGostava de saber a fonte da seguinte afirmação:
" As viagens em classe económica feitas pelo Governo português que, parecendo que não, já se poupou cerca de 400 mil euros, num período de tempo inferior a um ano. "
Obrigado
Errata minha: Não são 400 mil mas sim 200 mil (cerca de 30% relativamente ao ano anterior), enganei-me a escrever. Obrigado pela chamada de atenção.
EliminarFonte: Expresso online.
Francisco Thó Monteiro